sábado, 18 de fevereiro de 2012

Do Islã para o cristianismo

A leitura da fascinante autobiografia de Muhammad Moussave (foto) em que narra sua conversão do Islã para o cristianismo mostra os milagres da graça e da correspondência humana, de um lado, e de outro a terrível dureza da lei islâmica e a perseguição em relação aos cristãos. “O Preço a pagar”, título do livro, resume bem o que teve que passar essa alma de escol para ser fiel ao chamado da graça.Após sua conversão ele adotou o nome de Joseph Fadelle.
Muçulmano de importante família
Fadelle pertencia a uma das mais importantes família muçulmanas chiitas do Iraque, o clan Moussavi. Seu pai, como chefe do clan era uma espécie de juiz e resolvia as pendência entre os membros do clan. Ao mesmo tempo era detentor de grande fortuna e prestígio.
Em 1987 Fadelle foi convocado para o exército do Iraque, então sob o domínio de Sadam Hussein, em plena guerra desse país com seu vizinho, o Iran. A essa altura ele tinha 23 anos e era solteiro.
Enviado para uma guarnição na fronteira com o Iran, ele foi alojado num quarto juntamente com um cristão. Ao saber que ia ficar com um cristão ele ficou indignado, pois como muçulmano e de uma família que descendia de Maomé, isso era uma insulto.
O desafio: você entende o Corão?
Mas, o cristão, de nome Massoud, era mais velho do que ele e o acolheu com gentileza, de modo que, pouco a pouco as prevenções foram caindo. Fadelle concebeu o plano de convertê-lo para o Islam. Numa ausência de Massoud, vendo entre seus livros um com o título Os Milagres de Jesus, ficou curioso e começou a lê-lo. Ele não tinha a menor idéia de quem se tratava, pois no Corão Jesus é chamado de Isa, mas ficou encantado com os milagres, como o das Bodas de Caná e atraído pela figura de Jesus.
Porém, ainda com o desejo de converter Massoud ao Islam, um dia perguntou-lhe se os cristãos tinham também um livro sagrado, como o Corão. Tendo tido a resposta de que os cristãos tinham a Bíblia ele pediu para vê-la, achando que seria fácil refutá-la.
Para surpresa sua, Massoud negou-se a mostrar o livro cristão e lhe fez uma pergunta surpreendente: se ele tinha lido o Corão. Tal pergunta era ofensiva para quem tinha sido criado no Islam, mas ele respondeu apenas que o tinha lido. Então veio a nova pergunta, esta sim, embaraçante: “Você compreendeu o sentido de cada palavra, de cada verso?”
Conta o futuro cristão que essa pergunta penetrou-lhe no cérebro como um dardo incandescente,pois, segundo o Islã o que importa não é entender o Corão, mas apenas lê-lo. Diante de seu embaraço, seu companheiro fez-lhe a seguinte proposta: que ele lesse de novo o Corão, mas agora procurando entender cada frase; depois disso ele lhe emprestaria o livro dos cristãos.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Se ecumenismo fosse mistura...

Não queremos menos católicos ou batistas queremos homens novos disposto a anunciar aos telhados o tempo da volta de Cristo ao mundo. Ele já está chegando. Já sentimos na terra seus sinais. 




Por: Jonas Honosther


A causa ecumênica tem um apelo forte nesse nosso mundo dividido, competitivo, violento. É sempre muito simpático falar de paz, reconciliação, encontro fraterno, parceria na construção dos valores do Reino. Apesar de toda a carga positiva da proposta, às vezes pairam nos corações e mentes alguns receios, hesitações, questionamentos. Há pessoas muito sinceras e bem intencionadas que se perguntam: Posso mesmo acolher a outra Igreja como parte da minha família de fé? Ao fazer isso não estarei diminuindo, relativizando a minha própria Igreja? Não corro o risco de misturar tudo e perder a identidade? Não ficarei menos católico ou menos presbiteriano, ortodoxo, anglicano, luterano, batista, metodista... se for capaz de dar valor a outras Igrejas e me aproximar delas?

Se ecumenismo fosse mistura, esses e outros receios teriam muita razão de ser. Se fizéssemos a mistura estaríamos criando mais um modo de ser Igreja em vez de caminhar para a unidade. Seria uma divisão a mais. Não é isso que se quer. Na verdade, a primeira condição para alguém ser de utilidade no trabalho ecumênico é a solidez do seu compromisso com a própria Igreja, a firmeza da sua identidade dentro da sua denominação. A pessoa entra no diálogo ecumênico como representante da sua Igreja. Espera-se que, através da fidelidade desse(a) irmão(ã), os outros possam ter um bom retrato daquela Igreja. Um luterano insatisfeito com sua Igreja, por exemplo, estaria mal qualificado para ajudar um católico, um anglicano a dar valor à Igreja luterana. O mesmo vale para qualquer outra denominação. É parte do objetivo do trabalho ecumênico tornar conhecido o que cada Igreja tem de melhor. Só mostra o melhor da Igreja quem se sente bem, feliz com ela. Esse “mostrar o melhor” não é o mesmo que fazer propaganda para convencer o outro. É simplesmente partilhar com alegria tudo de bom que a proposta cristã tem conseguido criar.

Nossas Igrejas não são o objetivo final da nossa fé. Se fossem, estariam ocupando o lugar de Deus – e isso se chama idolatria. Elas são instrumentos. Mas são instrumentos preciosos, amados, que, antes de construir algo bom no mundo, contribuem para construir a nossa própria personalidade. Por isso, normalmente não dizemos: eu participo da Igreja tal. Dizemos: sou metodista, sou anglicano, sou católico, sou batista... A Igreja é parte de nós – e é assim mesmo que deve ser. Quem não tem nada para dizer não contribui para o diálogo. Se enfraquecemos as Igrejas, estaremos dando prejuízo ao próprio cristianismo. Não queremos que as Igrejas se confundam, se assimilem, se desmanchem num conjunto sem forma... Unidade não é uniformidade. A unidade que queremos é a diversidade reconciliada. São os diferentes se querendo bem, se respeitando, fazendo parceria, alegrando-se mutuamente com tudo de bom que conseguem realizar.

Ás vezes alguém pergunta: Uma Igreja que tem compromisso ecumênico pode continuar chamando gente para sua comunidade, apresentando-se como caminho para quem quer ser cristão (em outras palavras: pode ser missionária)? Sem entrar em competição com outras Igrejas, cada Igreja não só pode como tem a missão de crescer na medida em que o seu crescimento é também o crescimento do rebanho de Jesus. O compromisso ecumênico não atrapalha. Se ele for parte da identidade da própria Igreja pode ser até um atrativo a mais. A Igreja terá mais uma coisa boa a dizer sobre si mesma: aqui respeitar e valorizar os outros cristãos faz parte do nosso jeito de viver o evangelho.

Não se espera que alguém participe de convívio ecumênico e volte para casa menos católico, menos batista, menos ortodoxo... O que se espera é que essa pessoa, firme na sua identidade religiosa, goste de ser um embaixador da paz e do diálogo. Um embaixador representa sempre o país que o enviou: contribui para que outros gostem da sua terra e volta para casa com condições de ajudar seus compatriotas a ver com simpatia o lugar onde foi bem acolhido.

O diapasão religioso

Todos de braços dados em nome de Cristo seria melhor?

Por: Rodrigo Araújo

De um lado temos o ritual materialista e elitista que não reconhece a verdadeira História de Cristo na terra pregada pela Igreja Católica romana e seus terríveis  equívocos históricos e de outro lado a plena percepção luterana que diante de varias denominações se perde pela falta de fundamentação universal. Estamos entre a cruz e a espada. Porque na terra, território de grandes batalhas espirituais, estamos assistindo o final de uma época para o transcender de outra. Qual seria mesmo a Igreja de Cristo na terra ?
Eis tudo!